Acho ridículo o que se fez com a suspensão dos prémios aos melhores alunos do secundário do ano passado. Os miúdos esforçaram-se por merecer o prémio e no final do jogo, a 3 dias da entrega do prémio, "Ahh afinal não há dinheiro para ninguém." Acho injusto, acho estúpido. Se querem acabar, acabavam para o próximo ano, não é a 3 dias. Quem dá, não pode voltar a tirar!
Acho interessante este artigo:
"A suspensão dos prémios de mérito (de 500 euros cada) aos melhores alunos do Secundário do passado ano lectivo, a 48 horas da cerimónia de entrega e já depois de os premiados terem sido notificados para os receberem, é só mais uma das inúmeras trapalhadas que fazem dos penosos 100 dias de Nuno Crato como ministro da Educação um "study case" no género "governação à vista". Mas a trapalhada não fica por aqui: a suspensão não só foi anunciada em termos contraditórios às diferentes direcções regionais, quando muitas escolas já haviam requisitado as verbas para os prémios, como esses termos são igualmente contraditórios com a última (?) posição do Ministério, a de que os prémios reverterão agora para "famílias carenciadas" à escolha dos felizes contemplados. A coisa é ainda de duvidosa legalidade (se os governantes que temos se preocupassem com a lei) à luz do regime das promessas públicas regulado no artº 459º e seguintes do Código Civil. Dispõe, de facto, o referido artº 459º: "Aquele que, mediante anúncio público, prometer uma prestação a quem se encontre em determinada situação ou pratique certo facto, positivo ou negativo, fica vinculado desde logo à promessa (...) em relação àqueles que se encontrem na situação prevista ". Algo deve, no entanto, creditar-se a Nuno Crato no que respeita a promessas: tem levado exemplarmente à risca o seu famoso propósito de fazer implodir o Ministério da Educação."
Nuno Crato em Fevereiro:
“O Ministério da Educação deveria quase que ser implodido, devia desaparecer, devia-se criar uma coisa muito mais simples, que não tivesse a Educação como pertença mas tivesse a Educação como missão, uma missão reguladora muito genérica e que sobretudo promovesse a avaliação do que se está a passar”.
"Os miúdos esforçaram-se por merecer o prémio e..." os miúdos não se esforçaram para merecer o prémio, a maioria deles tirou as notas que tirou porque se esforçou para si mesmo sem saber sequer da existência desse prémio.
ResponderEliminarAgora depois de lhes ser comunicado que iriam receber um prémio pelo seu mérito, e esse prémio a dias de ser concretizado lhes ser retirado... também acho mal. Muito mal. Como se estivéssemos a falar de milhões.